Nova unidade será erguida na Praia de Iracema e abrigará o Instituto de Ciências do Mar
O terreno onde seria construído o Acquario do Ceará foi oficialmente transferido para a Universidade Federal do Ceará (UFC). A formalização da doação ocorreu nesta segunda-feira (21), durante evento realizado na Base Aérea de Fortaleza, com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana. O novo campus da UFC será construído no local, situado na Praia de Iracema, e contará com unidades voltadas às ciências do mar e naturais.
Campus Iracema contará com Labomar e novos cursos
A nova estrutura, batizada de Campus Iracema, irá abrigar o Instituto de Ciências do Mar (Labomar) e o Centro Tecnológico de Ciências Naturais (CTCN). A previsão de conclusão da obra é entre março e abril de 2028. Serão 900 dias de execução, sendo 180 destinados ao projeto executivo e 720 à construção, com um orçamento total de R$ 113,9 milhões provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A unidade também sediará dois novos cursos de graduação: Turismo Ecológico e Meteorologia. Atualmente, o Labomar funciona na Avenida da Abolição, em um prédio de menor porte. O espaço agora doado será ocupado parcialmente pelo antigo esqueleto de concreto do Acquario.
Estrutura abandonada dará lugar à educação e pesquisa
O projeto original do Acquario, anunciado em 2009 pelo então governador Cid Gomes, previa a construção do terceiro maior aquário do mundo. Apesar disso, a obra nunca foi concluída, mesmo após um investimento superior a R$ 112 milhões. A paralisação definitiva ocorreu em 2017, após uma série de embates judiciais.
Com a posse oficial do terreno — anteriormente pertencente à União — repassada via Superintendência do Patrimônio da União (SPU), a UFC agora pode tocar integralmente o projeto do novo campus, transformando uma obra abandonada em espaço de ensino e ciência.
Projetos futuros e integração de terrenos
Além da nova sede do Labomar, estão em andamento tratativas para incorporar ao campus áreas vizinhas, como o terreno dos Correios. O objetivo é ampliar a infraestrutura universitária na região. Já o antigo Hotel São Pedro, que também deveria ser incorporado, permanece com obras travadas por questões judiciais.
