A partir desta terça-feira, 1º de abril, os medicamentos vendidos no Brasil poderão sofrer reajuste de até 5,06% nos preços. A decisão, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 31, foi tomada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), que define anualmente o teto de reajuste permitido para o setor.
O índice é válido até 31 de março de 2025 e funciona como um limite máximo que as farmácias e drogarias podem aplicar nos preços dos medicamentos. Ou seja, não é automático nem obrigatório, mas na prática, boa parte dos produtos tende a sofrer o impacto do aumento — especialmente os mais procurados.
No Ceará, o diretor do Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos (Sincofarma), Maurício Filizola, já havia adiantado que o aumento médio no estado deve girar em torno de 3,48%, valor abaixo do teto nacional, mas ainda sentido no bolso do consumidor. “É um reajuste esperado, mas que sempre exige atenção, principalmente para quem faz uso contínuo de medicamentos”, destacou.
O reajuste anual leva em consideração fatores como inflação, variação de custos da cadeia produtiva e concorrência no setor farmacêutico. Mesmo com um percentual abaixo de anos anteriores, o aumento pesa especialmente para os brasileiros que enfrentam dificuldades econômicas e dependem de medicamentos de uso contínuo — muitas vezes comprados com sacrifício no orçamento familiar.
Especialistas orientam os consumidores a pesquisarem preços, aproveitarem descontos e ficarem atentos aos programas de fidelidade e às farmácias populares, que continuam sendo alternativas para aliviar o impacto do reajuste.
Com os preços oficialmente autorizados a subir, o mês de abril começa com um lembrete indigesto: saúde é prioridade, mas no Brasil, ela continua custando caro.
