Diversos municípios do Ceará estão enfrentando desabastecimento de vacinas essenciais. Uma pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM), realizada entre 29 de novembro e 12 de dezembro de 2024, consultou 59 cidades cearenses, das quais 51 relataram falta de algum imunizante, com destaque para as vacinas contra a Covid-19 para adultos e crianças.
Anteriormente, em setembro de 2024, outro levantamento da CNM apontou que, de 61 municípios cearenses entrevistados, 48 relataram ausência de vacinas como influenza, hepatite B, dengue e pneumocócica.
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) nega que tenha havido desabastecimento e afirma que o Estado não enfrentou falta de vacinas em 2024. No entanto, reconhece que, entre junho e dezembro do ano passado, não recebeu vacinas pediátricas contra a Covid-19. A coordenadora de Imunização da Sesa, Ana Karine Borges, destaca que, embora tenham ocorrido desabastecimentos parciais temporários de alguns imunobiológicos, estratégias como a substituição por vacinas equivalentes foram adotadas para garantir a imunização da população.
O Ministério da Saúde, por sua vez, afirma que os estoques de vacinas no Brasil estão abastecidos e que atendeu a todas as solicitações dos estados nos últimos meses de 2024. A pasta reconhece desafios como atrasos na entrega por parte dos fornecedores e dificuldades de aquisição, mas assegura que medidas estão sendo tomadas para normalizar a distribuição ao longo do primeiro semestre de 2025.
A situação evidencia a necessidade de aprimorar a logística de distribuição de vacinas e reforçar a comunicação entre os governos federal, estadual e municipal para assegurar a imunização contínua da população cearense.Falta de vacinas em municípios do Ceará: entenda o cenário