Esquadrão antibomba detona objeto suspeito em Fortaleza e descobre que era medidor hidráulico

Morador acionou a polícia após encontrar dispositivo estranho em caixa de registro de água; equipamento era usado pela Cagece para monitorar pressão da rede

Um episódio inusitado mobilizou o esquadrão antibomba da Polícia Militar no último sábado (16), no Bairro Joaquim Távora, em Fortaleza. O pintor Jardel Matias encontrou um objeto metálico com fios na caixa de registro de água de sua residência e, temendo tratar-se de um explosivo, acionou as autoridades. Após a detonação controlada, o objeto foi identificado como um datalogger, equipamento utilizado pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) para monitorar a pressão da rede de abastecimento.

O susto do morador

Segundo Jardel, o que chamou sua atenção foi um pequeno adesivo no hidrômetro. Ao tentar retirar, percebeu a presença de uma caixa metálica com cabos conectados, o que aumentou a suspeita. Preocupado, entrou em contato com a Cagece para esclarecer o caso, mas não obteve respostas satisfatórias. A companhia informou apenas que enviaria uma equipe em até 48 horas. Diante da incerteza, o morador decidiu procurar os bombeiros e a polícia.

“Fiquei assustado porque a Cagece não soube informar o que era aquele objeto. Eu pensei: ‘E se for uma bomba?’. Foi então que me orientaram a acionar o esquadrão antibomba”, relatou o pintor à TV Verdes Mares.

Ação do esquadrão antibomba

Ao chegar ao local, a equipe especializada isolou a área e optou por realizar uma detonação controlada. O procedimento destruiu o registro de água, permitindo a retirada do objeto suspeito para análise. Mais tarde, a Cagece confirmou tratar-se de um equipamento de monitoramento, que faz parte das ações de controle contínuo da rede de abastecimento.

Explicação da Cagece

Em nota, a companhia esclareceu que o datalogger é uma tecnologia empregada para identificar variações de pressão e possíveis falhas no fornecimento de água. O objetivo é manter a regularidade do serviço, prevenindo problemas maiores. A empresa reforçou ainda que o abastecimento da região não sofreu alterações após o episódio.

Contudo, Jardel Matias criticou a falta de comunicação: “A Cagece não nos informou que iria instalar esse aparelho. Depois da explosão, ficou água vazando direto e tive que esperar mais dois dias para a troca do hidrômetro”.

Orientação aos consumidores

A Cagece destacou que qualquer dúvida, solicitação ou reclamação deve ser registrada pelos canais oficiais de atendimento, como a Central 0800.275.0195 ou pelo aplicativo Cagece App. A empresa reforçou que segue utilizando tecnologias de monitoramento, mas pretende aprimorar a comunicação com os consumidores para evitar novos transtornos.

O caso gerou repercussão entre os moradores do bairro e levanta a discussão sobre a importância da transparência na instalação de novos equipamentos pelas concessionárias de serviços públicos.

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