Educação e sustentabilidade em sintonia

Um projeto desenvolvido no Liceu Alfredo Almeida Machado, em Quixeramobim, tem transformado a forma como estudantes do ensino médio compreendem a sustentabilidade e o valor do trabalho coletivo. Chamado “Girassóis”, o projeto envolve cerca de 283 alunos e 150 trabalhadores da economia solidária, incluindo catadores, costureiras, garis e voluntárias do Instituto Luz e Vida, que acolhe mulheres em tratamento oncológico. Juntos, eles representam os cinco R’s da sustentabilidade: repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar.

Valorização e inclusão social

A idealizadora do projeto, professora Rayane Fernandes, destaca que a ação busca dar visibilidade a profissionais muitas vezes invisibilizados. “Queremos mostrar a importância do trabalho de cada um deles e reconhecer seu papel fundamental na sociedade”, afirma. As atividades incluem a produção de cartas, poemas, cordéis e desenhos que expressam gratidão e reconhecimento aos trabalhadores, valorizando o diálogo entre escola e comunidade.

A filosofia do Girassol

O nome do projeto simboliza a busca por luz e união. “O girassol sempre procura o sol, mas quando não o encontra, se volta para outros girassóis. É essa mensagem de acolhimento que queremos transmitir — de que todos podem ser fonte de luz uns para os outros”, explica Rayane. A inspiração reforça o sentimento de empatia entre alunos e profissionais, fortalecendo laços de solidariedade e cidadania.

Os cinco R’s em prática

Cada grupo participante representa um dos pilares da sustentabilidade:

  • Repensar: alunos do liceu, que refletem sobre consumo e meio ambiente.

  • Reciclar: catadores de materiais reutilizáveis.

  • Reduzir: costureiras da Associação Padre Ibiapina, que produzem peças sustentáveis.

  • Reutilizar: voluntárias e pacientes do Instituto Luz e Vida.

  • Recusar: garis que simbolizam a recusa do desperdício e do descuido com o espaço público.

Transformação e aprendizado

Segundo a professora, o projeto une leitura, escrita e cidadania em ações afetivas. Os estudantes participam de vivências com os grupos homenageados, conhecendo suas rotinas e desafios. “Os alunos também passaram a se ver como parte desse processo de valorização. Entenderam que, assim como os trabalhadores, também precisam de acolhimento e reconhecimento”, conclui Rayane.

O Projeto Girassóis é hoje um exemplo inspirador de como a educação pode ir além da sala de aula — formando cidadãos conscientes, empáticos e comprometidos com a transformação social.

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