Ceará tem a 4ª maior taxa de analfabetismo do Brasil, aponta IBGE Quase 870 mil pessoas acima dos 15 anos não sabem ler nem escrever no Estado

Alta taxa entre a população idosa
O Ceará possui a 4ª maior taxa de analfabetismo do país, com 11,7% da população acima dos 15 anos considerada analfabeta. Segundo dados da Pnad Contínua 2024, do IBGE, cerca de 867 mil cearenses não sabem ler nem escrever um bilhete simples — critério utilizado para caracterizar o analfabetismo. O público mais afetado é o de idosos com mais de 60 anos: 31% estão nessa condição, apesar da redução de 6,7% desde 2016.

Homens são maioria entre os analfabetos
O levantamento revela que 55% dos analfabetos são homens, totalizando cerca de 479 mil pessoas. Apesar do número expressivo, houve uma redução geral de 2,6% no índice desde o início da série histórica, em 2016. Entre os mais jovens, os números são menores, indicando o impacto de políticas públicas voltadas à educação infantil e básica ao longo dos últimos anos.

Nordeste lidera ranking negativo
O cenário se repete em outros estados do Nordeste, que ocupam as nove primeiras posições no ranking nacional de analfabetismo. Ainda assim, todos os estados da região apresentaram queda nos índices, demonstrando avanços lentos, porém contínuos. O tempo médio de estudo dos cearenses segue estagnado em 9,2 anos desde 2016, com diferença significativa entre raças: brancos estudam, em média, 10,2 anos, contra 8,9 anos dos negros.

Dificuldade na conclusão do ensino básico
A pesquisa aponta que 1,76 milhão de cearenses não concluíram o ensino fundamental, número superior ao de pessoas que finalizaram o ensino médio (1,74 milhão). Em relação ao ensino superior, cerca de 844 mil cearenses obtiveram diploma, enquanto outros 210 mil abandonaram os estudos antes da conclusão da graduação.

Avanços na escolarização infantil
Atualmente, 27,1% da população cearense está matriculada em algum nível de ensino, igualando-se à média nacional. A maior presença escolar é entre crianças e adolescentes de 4 a 17 anos. O Ceará lidera o índice de jovens de 15 a 17 anos no ensino médio (81,1%), mas enfrenta desafios na pré-escola: 805 mil crianças de 2 a 3 anos ainda estão fora das salas de aula por falta de vagas ou creches próximas.

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