O Ceará apresentou o terceiro maior crescimento da atividade econômica entre os estados brasileiros com Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) calculado em 2024. A informação consta no Boletim Regional do Banco Central (BC) divulgado neste mês. O IBCR é um indicador mensal considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB).
De acordo com o Banco Central, entre as 13 Unidades da Federação monitoradas pelo IBCR, o Ceará registrou um crescimento de 5,5%, ficando atrás apenas de Santa Catarina e Pará, ambos com 5,6%. O avanço cearense foi impulsionado principalmente pela recuperação da indústria de transformação, com destaque para os segmentos de vestuário, couro e calçados, e pelo forte desempenho da agropecuária. Vale lembrar que o PIB do Ceará encerrou 2024 com uma expansão de 6,49%, o maior crescimento dos últimos 14 anos.
Mercado de trabalho e crédito também apresentam expansão
O estudo do Banco Central também apontou que o mercado de trabalho no Ceará acompanhou o crescimento da economia. A taxa de desocupação registrou uma queda significativa, seguindo a tendência do Nordeste, que teve o maior recuo do país (-2,0 pontos percentuais). O Ceará também observou um aumento da população ocupada, especialmente nos setores de indústria e construção civil, além de um crescimento na formalização, com a expansão do número de empregos com carteira assinada.
O rendimento médio real do trabalho no Ceará também cresceu, alinhado com a tendência positiva da região Nordeste, que apresentou um aumento de 8,4%, acima da média nacional de 3,7%. O Ceará esteve entre os estados que mais contribuíram para esse desempenho. A massa de rendimentos também teve um crescimento robusto, refletindo tanto o aumento dos salários quanto a geração de novos empregos.
No setor de crédito, o saldo na região Nordeste cresceu 13,5% em 2024, superando a média nacional de 12,0%. Embora os dados por estado não sejam detalhados, o Ceará acompanha o padrão regional, com um crescimento expressivo no crédito tanto para famílias quanto para empresas. A inadimplência na região registrou uma queda de 0,4 ponto percentual, indicando uma melhora na qualidade do crédito.