O Conselho Municipal de Saúde de Fortaleza (CMSF) realizou, em 19 de novembro de 2024, uma visita ao Instituto Doutor José Frota (IJF) e constatou um cenário alarmante de precariedade que afeta tanto pacientes quanto profissionais de saúde. A inspeção revelou falta de medicamentos e insumos básicos, superlotação e condições inadequadas de trabalho, comprometendo a qualidade do atendimento.
Diante dessa situação, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) ingressou com uma Ação Civil Pública em 7 de novembro, visando responsabilizar a gestão municipal e exigir medidas imediatas para sanar as deficiências identificadas. A ação solicita o bloqueio de R$ 20 milhões da Prefeitura de Fortaleza e a responsabilização do prefeito José Sarto, do secretário municipal de saúde, Galeno Taumaturgo, e do superintendente do IJF, José Maria Sampaio Menezes Júnior.
Em resposta, a Prefeitura de Fortaleza criou uma força-tarefa emergencial para gerir o IJF e garantir o fornecimento de medicamentos e insumos. O prefeito José Sarto afirmou que a crise já foi superada, destacando a atuação da equipe para normalizar o abastecimento e negociar pagamentos atrasados aos médicos cooperados.
Apesar das medidas adotadas, o Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (Coren-CE) promoveu uma audiência pública em 28 de novembro para discutir os problemas estruturais e de recursos do IJF, ouvindo relatos dos profissionais que vivenciam a realidade do hospital.
A crise no IJF evidencia a necessidade de ações efetivas e contínuas para assegurar condições dignas de atendimento e trabalho, garantindo a saúde e o bem-estar da população e dos profissionais envolvidos.