O Partido dos Trabalhadores (PT) está empenhado em mitigar os impactos políticos decorrentes do recente rompimento do senador Cid Gomes (PSB) com o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT). A decisão de Cid, motivada por insatisfações com a hegemonia petista no estado e a indicação de Fernando Santana (PT) para a presidência da Assembleia Legislativa, gerou apreensão entre lideranças locais e nacionais.
Em resposta, o ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT), reafirmou sua aliança com Cid Gomes, destacando-o como “parceiro de luta” e seu candidato ao Senado em 2026. Camilo enfatizou a necessidade de diálogo para resolver divergências, minimizando a possibilidade de um rompimento mais amplo na base aliada.
Parlamentares petistas têm adotado uma postura cautelosa, evitando declarações que possam acirrar os ânimos. Nos bastidores, articulações estão em curso para reaproximar Cid Gomes e Elmano de Freitas, visando manter a estabilidade política no estado e assegurar a continuidade de projetos conjuntos.
Analistas políticos apontam que o rompimento pode ter reflexos nas eleições municipais de 2024, especialmente em Fortaleza, onde alianças entre PT e PSB são consideradas estratégicas. A manutenção da unidade entre as siglas é vista como crucial para o fortalecimento da base governista e para a implementação de políticas públicas alinhadas aos interesses da população cearense.
O PT, reconhecendo a importância de Cid Gomes no cenário político estadual, busca soluções que contemplem as demandas de seus aliados, evitando fissuras que possam comprometer a governabilidade e o sucesso nas próximas disputas eleitorais. A expectativa é que, por meio do diálogo e da negociação, seja possível superar as divergências e consolidar uma frente política coesa no Ceará.