Intervenção na Santa Casa de Misericórdia é oficializada pela Prefeitura de Fortaleza

Gestão atual é afastada e interventor assume unidade hospitalar por 180 dias, com possibilidade de prorrogação

A Prefeitura de Fortaleza oficializou, por meio do Decreto nº 16.335, publicado no Diário Oficial do Município (DOM) na terça-feira (15), a intervenção administrativa na Santa Casa de Misericórdia, no Centro da Capital. A medida tem validade inicial de 180 dias, podendo ser prorrogada ou encerrada antecipadamente conforme necessidade.

Durante o período de intervenção, José Erialdo da Silva Junior assume como interventor, com plenos poderes de direção e administração do hospital, substituindo a gestão atual da instituição.

Objetivos da intervenção

Segundo o decreto, a intervenção visa reordenar e restabelecer os serviços de saúde pública oferecidos pela Santa Casa, solucionar a crise financeira da entidade, apurar eventuais responsabilidades pela atual situação e assegurar o cumprimento das obrigações legais e contratuais.

Importante destacar que a medida não afeta o Cemitério São João Batista nem o Hospital Psiquiátrico São Vicente de Paulo, também ligados à entidade filantrópica.

Uma Comissão de Acompanhamento de Intervenção Administrativa será formada, composta por ao menos três membros nomeados por Portaria. O grupo terá a função de fiscalizar as decisões da intervenção e auxiliar nos processos de reestruturação.

Repasses e retomada de leitos

A Secretaria Municipal da Saúde terá liberdade para destinar recursos financeiros e humanos à Santa Casa, inclusive utilizando repasses estaduais, federais e convênios. A expectativa, segundo reunião realizada no último dia 7 de julho, é que a unidade receba mais de R$ 84 milhões por ano para recuperação de sua capacidade assistencial.

Com esse apoio, será possível reabrir 274 leitos até dezembro, sendo 100 até agosto e os demais de forma gradual. Dentre eles, 20 leitos serão destinados à Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Crise e suspensão de atendimentos

No início de junho, o então provedor da Santa Casa, Vladimir Spinelli, informou à imprensa que a unidade havia suspendido a regulação de novos pacientes devido à falta de recursos. Segundo ele, o hospital enfrentava sérios riscos à segurança dos atendimentos, motivando a necessidade da intervenção.

Apesar da medida emergencial, Spinelli já havia antecipado que a normalização da situação não deverá ocorrer ainda este ano.

Compartilhe
Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Visão geral da privacidade

Este site utiliza cookies para que possamos lhe proporcionar a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.