Ceará tem quase 1,5 milhão de migrantes vivendo fora do Estado, aponta IBGE

Mais de 470 mil pessoas de outros estados residem atualmente no Ceará, segundo o Censo 2022

O Ceará é origem e destino de importantes fluxos migratórios no Brasil. De acordo com o Censo Demográfico 2022, do IBGE, 1.498.667 cearenses viviam fora do Estado naquele ano. Por outro lado, 471.533 pessoas naturais de outros estados moram no Ceará.

Esses números revelam uma população em constante movimento, marcada por fatores econômicos, sociais e geográficos. O levantamento mostra que 47,7% dos cearenses que vivem fora estão no Sudeste. Somente São Paulo concentra 35,3% desses migrantes, seguido por Rio de Janeiro (12,2%) e Pará (5,6%).

Ceará entre os principais estados de origem no Brasil

Cearenses figuram entre os principais grupos migratórios em pelo menos seis estados:

  • Piauí: 18,1% dos não-naturais são cearenses

  • Rio Grande do Norte: 13,8%

  • Maranhão: 13,2%

  • Rio de Janeiro: 9,4%

  • Pará: 7,8%

  • Amapá: 2,1%

Saldo migratório estável entre 2017 e 2022

Ao analisar as migrações nos cinco anos anteriores ao Censo, entre julho de 2017 e julho de 2022, o saldo do Ceará é praticamente neutro: 135.791 pessoas chegaram, enquanto 136.488 deixaram o Estado, gerando um déficit de apenas 697 pessoas.

A região Nordeste apresenta o maior percentual de permanência regional: 96,6% dos nordestinos continuam morando no próprio Nordeste.

Quem chega ao Ceará?

Entre os imigrantes que escolheram viver no Ceará entre 2017 e 2022:

  • 29% são paulistas

  • 16,6% cariocas

  • 6% pernambucanos

Já no total geral de residentes não naturais, paulistas representam 19,1%, seguidos por pernambucanos (10,7%) e piauienses (10,5%).

Segundo o IBGE, isso pode indicar um movimento de retorno de nordestinos que viveram em São Paulo, agora acompanhados de filhos ou familiares nascidos no Sudeste.

Importância dos dados migratórios

Essas estatísticas são cruciais para planejamento urbano, econômico e social. A migração impacta o acesso a serviços públicos, a demanda por habitação e o mercado de trabalho, exigindo ações mais estratégicas do poder público.

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