Ceará reforça vigilância contra Influenza Aviária e mantém status sanitário livre da doença

Adagri intensifica fiscalização em criações de aves e amplia coleta de amostras para garantir proteção sanitária no estado

O Ceará segue livre de Influenza Aviária, mesmo com a confirmação recente de focos da doença em outros estados brasileiros. Para manter esse cenário, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) vem intensificando ações de vigilância epidemiológica, especialmente em granjas comerciais e criações de aves de subsistência espalhadas pelo território cearense.

A atuação da Adagri inclui a fiscalização ativa de criatórios, com coleta de amostras de sangue e swabs de traqueia e cloaca em aves, para análise de dois agentes infecciosos: o vírus da Influenza Aviária e a Doença de Newcastle, também conhecida como pseudo peste aviária. Ao todo, foram realizados 22 atendimentos nos últimos meses, sendo 13 deles considerados fundamentados. Nenhum caso foi detectado em granjas comerciais.

Casos monitorados e resultados laboratoriais

Durante as ações de rotina, a Adagri identificou uma criação de fundo de quintal no município de Salitre, onde foi feita coleta de material biológico e enviada ao laboratório oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). O órgão estadual aguarda os resultados, mas todas as amostras analisadas até o momento deram resultado negativo, o que mantém o estado fora da rota de risco da Influenza Aviária.

Mesmo com esse cenário positivo, o alerta permanece. A orientação é para que criadores, sejam eles tecnificados ou não, adotem protocolos rigorosos de biossegurança em suas propriedades, como forma de evitar a entrada e propagação do vírus.

Medidas preventivas para produtores e criadores

A Adagri reforça recomendações essenciais para evitar a disseminação da doença:

  • Adquirir aves apenas de estabelecimentos registrados na Adagri;

  • Evitar comprar animais em feiras livres sem controle sanitário;

  • Exigir a Guia de Trânsito Animal (GTA) para qualquer transporte de aves;

  • Implementar barreiras sanitárias e rotinas de desinfecção nas granjas.

Além disso, a Agência lembra que a Influenza Aviária não é transmitida pelo consumo de carne de frango nem de ovos, e o risco de contágio humano é considerado muito baixo, restrito a pessoas com contato direto e frequente com aves doentes.

Situação nacional e estado de emergência no RS

A intensificação das ações no Ceará ocorre após o registro de um foco da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) na cidade de Montenegro (RS), em uma granja de matrizes. O caso levou o MAPA a publicar a Portaria nº 795/2025, declarando estado de emergência sanitária no município. O Brasil, desde 2023, já se encontra oficialmente em estado de emergência zoossanitária, o que permite reforço de medidas preventivas e de controle nos estados.

Com a vigilância ativa e articulação com o MAPA, o Ceará busca manter o status de zona livre da doença, protegendo não apenas a saúde pública e animal, mas também a cadeia produtiva avícola, que representa uma importante fatia da economia agropecuária estadual.

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