O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve presente nesta quinta-feira (15) no velório de José “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai, que faleceu aos 89 anos. A cerimônia foi realizada em Montevidéu e contou com a presença de líderes latino-americanos, figuras políticas e cidadãos que prestaram suas últimas homenagens a um dos nomes mais emblemáticos da política sul-americana.
Durante o ato, Lula se emocionou ao lembrar a trajetória do amigo e reforçou o respeito e admiração que nutre por Mujica. “Ele foi um irmão na luta pela democracia e pela dignidade do povo latino-americano. Um exemplo de humildade e coerência que o mundo inteiro reconhece”, declarou o presidente.
A imagem de Lula diante do caixão de Mujica circulou nas redes sociais e na imprensa internacional, representando o elo entre dois líderes que compartilharam ideais de justiça social, soberania e integração regional. O gesto do presidente brasileiro foi interpretado como um símbolo de união histórica entre Brasil e Uruguai.
Homenagem oficial do governo brasileiro reforça laços diplomáticos
A Secretaria de Comunicação da Presidência divulgou nota oficial exaltando o legado de Mujica e reconhecendo sua influência sobre gerações de líderes progressistas. A nota reforça que o ex-presidente uruguaio foi uma referência ética e moral no continente, cuja simplicidade de vida contrastava com a grandeza de seus ideais.
Lula também se reuniu com o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e outras autoridades locais para apresentar pessoalmente os sentimentos do governo e do povo brasileiro.
Pepe Mujica: um legado que ultrapassa fronteiras
Mujica foi presidente do Uruguai entre 2010 e 2015 e ficou mundialmente conhecido como “o presidente mais pobre do mundo”, título informal que carregava com orgulho por viver de forma austera, dirigindo um Fusca e morando em uma chácara. Seus discursos contra o consumismo, a desigualdade e a destruição ambiental o tornaram uma referência global de integridade e compromisso político.
A presença de Lula no velório reforça não apenas a amizade pessoal entre os dois líderes, mas também o papel do Brasil no fortalecimento da memória de figuras que contribuíram decisivamente para a estabilidade democrática na América Latina.
