Adail Júnior promete defender projeto que exclui área verde, mesmo após revogação de Evandro Leitão

O vereador e 1º vice-presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Adail Júnior (PDT), afirmou que continuará a defender o projeto de sua autoria que altera o zoneamento ambiental no entorno do Parque Rachel de Queiroz, mesmo após o prefeito Evandro Leitão (PT) enviar mensagem à Câmara propondo a revogação da lei.

A proposta, aprovada pela Câmara em 2024 e originalmente vetada pelo então prefeito José Sarto, transformava Áreas de Proteção Ambiental (APA) e Áreas de Recuperação Ambiental (ARA) em Zonas de Ocupação Preferencial (ZOP). Isso permitiria maior adensamento urbano em trechos que antes tinham restrições ambientais. O veto foi derrubado pelos vereadores no fim do ano passado, mas agora Evandro Leitão, no cargo desde janeiro, tenta reverter a mudança.

“A gente está querendo acertar juridicamente. Eu que estou buscando, o meu gabinete, para eu ter discurso. Vou defender para eu ter discurso. Afinal, a lei é uma iniciativa minha”, afirmou Adail em entrevista ao jornal O POVO.

Segundo o vereador, o apoio ao projeto não significa embate com a Prefeitura, mas sim a defesa de uma proposta que ele acredita ter base legal e urbanística. Ele alegou ainda que não teve acesso completo à justificativa técnica do Executivo para a revogação, mas que está reunindo argumentos para manter a proposta em vigor.

A nova mensagem enviada por Evandro Leitão à Câmara chegou na terça-feira (29) e será analisada pela Comissão do Plano Diretor, que avaliará os impactos da medida sobre o desenvolvimento urbano e a preservação ambiental da cidade.

A proposta de Adail reacende o debate sobre o limite entre crescimento urbano e proteção ambiental em Fortaleza, sobretudo em um contexto de pressão imobiliária crescente. Organizações ambientais e técnicos urbanistas têm criticado a flexibilização das normas de proteção ao Parque Rachel de Queiroz, um dos últimos grandes corredores ecológicos da capital.

Enquanto isso, a gestão Evandro tenta marcar posição como defensora de um modelo de urbanismo sustentável, mesmo que isso signifique revisar medidas herdadas da legislatura anterior.

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