Ex-presidente Fernando Collor é preso em Maceió para cumprir pena de corrupção e lavagem de dinheiro

O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió (AL), para cumprir a pena de 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a rejeição dos últimos recursos apresentados pela defesa, considerados meramente protelatórios.

Collor foi condenado em maio de 2023 por envolvimento em um esquema de corrupção relacionado à BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), entre 2010 e 2014, o ex-presidente teria recebido aproximadamente R$ 20 milhões em propinas para facilitar contratos da BR Distribuidora com a empreiteira UTC Engenharia, em troca de apoio político para nomeações estratégicas.

Após o esgotamento dos recursos, Moraes determinou o cumprimento imediato da pena. A prisão foi realizada pela Polícia Federal enquanto Collor se preparava para viajar a Brasília, onde pretendia se apresentar voluntariamente. Agora, o ex-presidente deverá ser transferido para o Distrito Federal para início do cumprimento da sentença.

O STF ainda iniciou uma sessão virtual para referendar a decisão, com quatro votos favoráveis, mas o ministro Gilmar Mendes pediu destaque, levando o tema para análise em plenário físico, em data ainda a ser definida. Apesar disso, a prisão de Collor segue válida.

Fernando Collor foi o primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura militar, governando o país de 1990 até 1992, quando renunciou em meio ao processo de impeachment por corrupção. Após um período de inelegibilidade, retornou à política como senador por Alagoas, cargo que ocupou até 2023.

Com a decisão, Collor torna-se o terceiro ex-presidente brasileiro preso após a redemocratização, juntando-se a Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer no rol de ex-mandatários que tiveram contas a acertar com a Justiça.

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