O Brasil registrou um novo recorde na abertura de pequenos negócios no primeiro trimestre de 2025. Segundo dados divulgados pelo Governo Federal, mais de 1,2 milhão de novos empreendimentos foram formalizados entre janeiro e março, representando o maior número já registrado para o período. A maioria esmagadora das aberturas — cerca de 80% — foi composta por Microempreendedores Individuais (MEIs), consolidando o modelo como principal porta de entrada para o mercado formal.
O crescimento é impulsionado por diversos fatores: avanço da digitalização, programas de incentivo ao empreendedorismo, além do cenário econômico que ainda apresenta desafios para o mercado formal de trabalho — o que faz muitos brasileiros buscarem alternativas de geração de renda por conta própria.
Especialistas apontam que, apesar das dificuldades enfrentadas por pequenos empreendedores, como acesso ao crédito e alta carga tributária, a formalização é vista como uma oportunidade de organização e estabilidade. Outro dado positivo é o aumento de negócios liderados por mulheres, jovens e pessoas que migraram do setor informal para o empreendedorismo com CNPJ.
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o ambiente de negócios no país tem se tornado mais favorável graças à simplificação de processos de registro, maior acesso a capacitações online e ações integradas entre governo e setor privado.
Ainda assim, o desafio de sobrevivência permanece alto. Apenas metade das microempresas consegue se manter ativa após cinco anos. Por isso, entidades de apoio ao setor reforçam a importância de educação financeira, planejamento e inovação como fatores decisivos para a longevidade dos novos negócios.
O dado recorde mostra um Brasil cada vez mais empreendedor — por necessidade ou vocação. Um país que, mesmo entre crises, segue criando, adaptando e fazendo da coragem uma ferramenta de transformação econômica.
