Nesta segunda-feira, 07, a prefeita de Aracati, Roberta de Bismarck, acompanhada da vice-prefeita e secretária de Saúde, Ana Mello, anunciou o que promete ser um divisor de águas no atendimento da rede pública de saúde do município: a descentralização do agendamento de consultas, exames e cirurgias. A partir de agora, os cidadãos poderão realizar a marcação desses serviços diretamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), sem precisar enfrentar filas ou pegar ônibus até a central de regulação.
Sim, senhoras e senhores, depois de anos em que marcar uma simples consulta exigia quase o mesmo esforço logístico de uma viagem interestadual, finalmente o sistema local dá um passo na direção do século XXI.
A medida, segundo a gestão municipal, tem como objetivo aproximar os serviços da população, reduzir deslocamentos desnecessários e desburocratizar um processo historicamente lento e desgastante — tanto para os usuários quanto para os próprios profissionais da saúde. Para quem já teve que acordar às 4h da manhã para garantir uma senha na central, a novidade soa quase como música de Mozart tocada num posto de saúde.
“Essa mudança é fruto de planejamento e compromisso com a saúde de Aracati. Vamos garantir mais agilidade, conforto e, principalmente, dignidade para quem precisa do serviço público”, declarou a prefeita Roberta, com aquele tom de “missão dada é missão cumprida” que os eleitores gostam de ouvir — especialmente em ano pré-eleitoral.
Já a vice-prefeita Ana Mello, que também responde pela Secretaria de Saúde, destacou a importância da capacitação dos profissionais que atuam nas UBSs. Segundo ela, o município já realizou treinamentos para que os atendentes estejam preparados para operar o novo sistema. “Vamos descentralizar sem perder a qualidade. Nosso foco é fazer com que a saúde chegue onde as pessoas estão, e não o contrário”, pontuou.
O novo modelo ainda será acompanhado de perto para ajustes e melhorias — afinal, como todo bom plano público, a prática costuma revelar detalhes que a teoria não previa. Mas o sentimento geral é de alívio: finalmente, o município reconheceu que saúde não pode ser um labirinto de burocracia.
Para a população, a mudança representa não apenas praticidade, mas uma pequena vitória contra o velho e conhecido caos do serviço público de marcações. Se funcionar como prometido, a descentralização pode ser a primeira de uma série de ações que reposicionam Aracati como referência regional em gestão de saúde.
Enquanto isso, a central de regulação — antes palco de dramas diários e desabafos acalorados — deve, enfim, respirar aliviada.