Mais de 62 mil crianças em situação de pobreza no Ceará não frequentam creches, conforme o Índice de Necessidade de Creche (INC), elaborado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. A principal razão para essa exclusão é a falta de vagas, que afeta 51% dessas crianças. Em Fortaleza, a situação é ainda mais grave: 84,3% das crianças pobres estão fora das creches, com 64,9% delas enfrentando a mesma barreira.
O estudo reforça que a creche é essencial para o desenvolvimento infantil, a permanência escolar e a inserção das mães no mercado de trabalho. Apesar de esforços como a criação de Centros de Educação Infantil e ampliação de vagas, a oferta ainda é insuficiente. Especialistas apontam a urgência de critérios claros e transparentes para priorizar o acesso, garantindo que famílias em situação de vulnerabilidade sejam atendidas.